Atenção à Saúde Indígena: Residência, áreas de atuação, remuneração e mais!

A criação dos programas de Residência Multiprofissional em Saúde preencheu a lacuna da formação especializada e atenta às demandas de determinados grupos sociais.

Assim como crianças e idosos exigem atenção específica, minorias étnicas como os povos originários também têm necessidades próprias à sua realidade.

A preservação dessa cultura viva figura entre as principais preocupações da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, cujo objetivo é garantir atenção integral à saúde de modo que contemple diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política.

Para tanto, é preciso que se reconheça também a eficácia da medicina dos indígenas e o direito que têm à sua cultura. Uma das diretrizes para alcançar esse objetivo é a preparação de recursos humanos para atuação nesse contexto intercultural.

Nesse cenário, a Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Indígena é a formação ideal para capacitação de profissionais da Enfermagem, Nutrição e Psicologia para estarem aptos a esse trabalho.

O curso de pós-graduação lato sensu, com duração de dois anos e carga horária de 60 horas semanais. Neste post detalhamos as informações que você precisa saber para conhecer mais a Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Indígena.

  1. Residência Multiprofissional;
  2. Como funciona a Residência em Atenção à Saúde Indígena;
  3. Processo seletivo da Residência;
  4. Atuação no Mercado de Trabalho;
  5. Como se preparar para a Residência em Atenção à Saúde Indígena.

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Residência Multiprofissional

Os programas de Residência Multiprofissional em Saúde foram criados pela Lei nº 11.129/2005 para suprir as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada região.

Os cursos têm duração de dois anos, com carga horária total de 5.760 horas divididas em 80% prática e 20% teórico-prática.

A característica dessa modalidade de pós-graduação é o ensino em serviço, que permite ao residente aprender no ambiente onde deverá atuar após sua formação.

Para isso, é exigida dedicação exclusiva e é ofertada bolsa auxílio no valor de R$ 3.330,43.

No caso da Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Indígena, o objetivo principal é capacitar os profissionais de Enfermagem, Nutrição e Psicologia à compreensão da diversidade e da complexidade nas quais se sustentam o contexto social, histórico e cultural dos povos originários.

O residente é estimulado à formação integrada nos cenários de prática, mas também à compreensão ampliada do que é saúde.

A instituição que se destaca na oferta desse programa é a Universidade Federal da Grande Dourados, localizada em Dourados, Mato Grosso do Sul, cidade que possui a segunda maior população indígena do país.

Para fazer parte do programa de Residência em Atenção à Saúde Indígena, é preciso passar por um processo seletivo de duas etapas:

  • Prova Objetiva: Composta por 40 questões de múltipla escolha, sendo 35 sobre conhecimentos específicos e 05 sobre o SUS;
  • Prova de Títulos: Avalia, numa escala de 0 a 10, os títulos autodeclarados e confirmados pelo candidato. É preciso cadastrar as titulações e comprovantes na página do processo seletivo para avaliação posterior.

Diferencial da Residência

O programa de Residência em Atenção à Saúde Indígena tem como objetivo capacitar profissionais de Enfermagem, Nutrição e Psicologia no atendimento aos povos originários, respeitando seus saberes ancestrais e a diversidade histórica e cultural.

Ao longo dos dois anos de curso, o residente presta serviços à comunidade atendida pelo Sistema Único de Saúde numa equipe multidisciplinar.

A formação do residente inclui experiência em diferentes níveis de atenção, onde tem a oportunidade de conhecer a dinâmica da rede de assistência em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e/ou nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

O resultado desse processo é o desenvolvimento de visão global da saúde e dos fatores de risco que impactam na vida dos povos indígenas.

Também são aprimoradas as habilidades técnicas e práticas clínicas na tomada de decisões no cenário de assistência; é estimulada a capacidade crítica da atuação profissional; o residente passa a ser capaz de planejar intervenções e pomover educação em saúde.

Processo Seletivo da Residência em Atenção à Saúde Indígena

As vagas para Residência em Atenção à Saúde Indígena são abertas anualmente e cada instituto de ensino é responsável pela elaboração e divulgação dos seus processos seletivos, que podem sofrer variações de acordo com o estabelecido em cada edital. De um modo geral, o processo de seleção costuma ser composto por:

Prova objetiva

A prova objetiva está presente na grande maioria dos editais de Residência. Costuma ser a primeira etapa do processo seletivo e possui caráter eliminatório (se fizer uma pontuação inferior à indicada no edital, você é eliminado da seleção) e classificatório (sua pontuação indicará sua posição perante os outros candidatos).

Essa prova é composta de questões objetivas geralmente relacionadas à conhecimentos gerais da Saúde Pública Brasileira e conhecimentos específicos da área de atuação.

Prova dissertativa

A prova dissertativa costuma se apresentar como a segunda etapa do processo seletivo para entrar em um programa de Residência. Na maioria das vezes, ela tem caráter classificatório e apresenta uma situação problema ou um estudo de caso vinculado à área profissional.

Prova de Títulos

A prova ou avaliação de títulos também está muito presente nos processos. Geralmente, é a última etapa a ser vencida para alcançar a tão sonhada vaga de residente. Nela, haverá uma avaliação de atividades extra-curriculares como a realização de projetos, participação em eventos, trabalhos publicados, estágios etc.

Cada atividade realizada corresponde à uma pontuação específica e a soma dos pontos de seu currículo será considerada na classificação final da Residência.

Entrevista

A entrevista também é uma etapa possível no processo seletivo. Geralmente, ela ocorre no mesmo dia que a Prova de Títulos.

Nesse momento, o responsável pelo programa de residência da instituição fará perguntas gerais sobre comportamento, histórico profissional e vida do candidato, assim como testará questões mais específicas, diretamente relacionadas à área de atuação, como em uma prova oral.

Todas essas etapas, assim como as formas de avaliação e aplicação das mesmas, podem variar de acordo com cada Hospital de Ensino. Por isso, um dos primeiros passos da preparação para a Residência é estudar profundamente o edital da instituição em que pretende se inscrever e entender bem quais são as etapas e as competências cobradas.

O cronograma completo do processo, incluindo data das provas, do resultado final e do início do Programa (geralmente é início de Março), são divulgados no edital de abertura da Residência. No mesmo documento há informações sobre taxa de inscrição, quadro detalhado das vagas ofertadas, conteúdos cobrados nas avaliações, dentre outros.

Atuação no mercado de trabalho

Após os dois anos de formação na Residência em Atenção à Saúde Indígena, o residente será capaz de atuar na rede de assistência a esse grupo, orientada pela Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.

Profissionais de Enfermagem, Nutrição e Psicologia poderão atuar em uma das 1.199 Unidades Básicas de Saúde Indígena (USBI) ou em alguma das 67 Casas de Apoio à Saúde Indígena espalhadas pelos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) do país.

Os distritos compõem o Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, criado em 1999, por meio da Lei nº 9.836/99, que atendem os 760.350 indígenas de 311 etnias, que vivem em 6.238 aldeias do país. Esse sistema assistencial inclui serviços de baixa, média e alta complexidades.


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Como se preparar para a Residência?

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Por Sanar

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