Fios de sustentação para lifiting e melhora do contorno mandibular | Colunista

Uma queixa recorrente no consultório é a perda da definição da linha da mandíbula, e uma excelente opção de tratamento, são os fios de PDO de tração. Eles reposicionam os tecidos ptosados, devolvendo o contorno e rejuvenescendo.

Uma das principais vantagens do uso do fio de PDO (polidioxanona) é ser um tratamento minimamente invasivo, realizado em consultório sob anestesia local. Método descoberto na Coreia, por volta do ano 2006, pelo Dr.Kwon Han.

Na busca por procedimentos que não apenas tencionam a pele como nas técnicas cirúrgicas mas estudando a variação de planos de dissecção e fixação: subcutâneo, sub-SMAS (sistema músculo aponeurótico superficial), subperiosteais e a melhor resposta quando apoiados em ligamentos verdadeiros, visando o lifting facial e o reposicionamento dos tecidos.

Outra opção para a definição mandibular seriam os biopreenchedores, o seu uso pode resultar em aumento de volume da face com contornos não naturais, com certeza bons resultados são alcançados quando feitos por especialistas. Mas não erguem de forma adequada os tecidos ptosados subjacentes, apenas um lifting devido ao volume do produto injetado.

O Brasil atualmente é um dos maiores mercados de estética e beleza do mundo, com grande crescimento na busca por procedimentos menos invasivos e com resultados mais duradouros, e os Fios de PDO são uma excelente opção.

Vamos as propriedades desde produto maravilhoso, que tem revolucionado o mercado da harmonização orofacial:

O Fio de PDO é uma fibra sintética potente, quando de tração vem carreado em cânulas ou agulhas, sendo as cânulas mais seguras para aplicação. As farpas ou espiculas são responsáveis pelo efeito de lifting mecânico, que será mantido devido ao efeito estimulador da neocolagenase, levando a síntese de proteínas naturais do corpo (colágeno e elastina), que continua ao longo do período em que os fios se mantêm no corpo (até 240 dias). 

Este processo tem início já na inserção dos fios de PDO, que causam um trauma localizado durante o trajeto da cânula que contém o fio, realizando a divulsão mecânica dos tecidos. Esse pequeno trauma localizado desencadeia um processo inflamatório imediato, seguido por uma eventual produção de tecido reparador fibrocolagenoso e esta resposta inflamatória é proporcional à espessura e ao comprimento do fio bem como também ao tecido onde foi inserido o fio.

Para entendermos melhor como isso ocorre o fio de PDO estimula a produção de novo colágeno que é a proteína responsável pela tensão e firmeza na pele. Ocorre também o estimulo dos fibroblastos que leva a estimulação da síntese de elastina que é a proteína responsável pela firmeza e elasticidade na pele. In vivo, verificou-se que além disso a polidioxanona faz com que ocorra a síntese de ácido hialurônico natural melhorando significativamente o grau de hidratação da pele.

 A partir do momento da sua colocação inicia-se hidrólise do fio de PDO, visando à desintegração dele como sendo um corpo estranho, em um processo que leva de sete a nove meses. No lugar do fio de PDO, forma-se um tecido cicatricial composto por fibrina, elastina e colágeno. Ou seja quando utilizamos os fios de tração de PDO além lifiting dos tecidos, a pele onde é aplicado o PDO, se torna mais firme, elástica e hidratada.

Quanto a técnica de introdução é baseada na utilização das linhas de tensão da pele natural, e os pertuítos de inserção próximos aos ligamentos verdadeiros, provoca um efeito semelhante a um lifting cirúrgico. O plano correto de inserção dos fios de PDO é importantíssimo, tanto para o resultado final, quando para preservação de estruturas anatômicas importantes pois se introduzido superficialmente poderá ser visível e doloroso ao toque e não irá estimular a produção de colágeno.

Caso seja introduzido profundamente poderá lesar artérias, veias, o nervo facial ou qualquer estrutura profunda da face. A duração do efeito benéfico, após a inserção do fio, é estimada entre 18 e 24 meses.

Efeitos adversos podem ocorrer pequenos hematomas, eritema e aquecimento local, comum formação de edema, hiperemia (vermelhidão) no local de entrada dos fios.

Sobre os cuidados necessários: evitar exercício físico intenso por alguns dias, evitar movimentos faciais excessivos, massagear a região vigorosamente por uma semana e deitar sobre os fios por uma semana.

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Bibliografia:

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Segundo informações, mercado de estética segue em expansão. Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/segundoinformacoes-mercado-de-estetica-segue-em-expansao/

RIBEIRO, C.J. Cosmetologia aplicada a Dermoestética. 1. ed. São Paulo: Pharmabook, 2006.

Tavares Joana de Pinho, Rejuvenescimento facial com fios de sustentação. Braz. j. otorhinolaryngol. vol.83 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2017