Nesse mês, aproveitamos a data do dia 8 de Março para falar sobre o que significa ser mulher na saúde.
Perguntamos,entrevistamos e ouvimos mulheres que são referências nas áreas de farmácia, psicologia e odontologia, que são nossas áreas de atuação em pós-graduação em saúde.
Você pode assistir aos depoimentos clicando aqui.
Onde chegamos
Nós mulheres representamos hoje cerca de 65% da força de trabalho na área da saúde, e as 10 grandes áreas abaixo contam com ocupação massivamente feminina:
1- Nutrição
2- Fonoaudiologia
3- Terapia ocupacional
4- Fisioterapia
Dentre as profissões da área da saúde que tem maioria de homens, estão a Medicina (56%) e a Medicina Veterinária (55%).
Um caminho de luta
Desde que a mulher pôde entrar no mercado de trabalho, sobretudo após os anos 60, as profissões relacionadas a cuidados de saúde sempre foram as primeiras opções. Aparentemente essa área de atuação foi a primeira a receber os trabalhos femininos com mais abertura, já que as questões de gênero e acesso da mulher à escolaridade superior e à própria carreira eram muito mais complexas do que hoje e exigia uma quebra de padrões e tabus.
Segundo a professora Eli Lola Gurgel, da UFMG e vice-presidente da Abrasco, “as mulheres tecem uma imensa rede de solidariedade que acolhe diariamente milhões de brasileiros, justamente nos momentos delicados de grande fragilidade e sofrimento. No entanto, encontram-se distanciadas em sua maioria dos cargos de chefia e na condução das políticas de saúde”
Esse acesso minoritário em relação aos cargos mais reconhecidos é fruto do acesso tardio à educação superior e das dificuldades relacionadas ao gênero, que hoje são pautadas e discutidas com mais abertura.
Mesmo que as mudanças sejam grandes no que diz respeito ao acesso das mulheres em diferentes áreas, incluindo a saúde, muitas relatam situações de dificuldades que podem ter sido causadas pelo fator “gênero”.
Ações para esse mês:
A Sanar Saúde levantou a campanha “Sou mulher na saúde”, que organizou depoimentos de mulheres de diferentes áreas, contando suas aspirações, dificuldades e inspirações na carreira.
Joana, uma das entrevistadas da campanha, falou da relação delicada entre competência e aparência, pressão sofrida por muitas mulheres da área:
“Estar ou ser bonita sempre foi algo secundário. Mas meus colegas fazem questão de me dizer: Joana, você tem que se arrumar um pouquinho mais. Assim, passa mais credibilidade. Isso me irrita.”
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