A atuação da Fisioterapia no Câncer de Mama

NOS OUTUBROS, USAMOS ROSA

No mês de outubro, voltamos nossas atenções à conscientização sobre o Câncer de Mama, neoplasia que afeta, quase que em sua totalidade, as mulheres. Enquanto profissionais de saúde, é de fundamental importância que conheçamos a fundo a atuação fisioterapêutica nessa disfunção. Para isso, preparamos um guia com os 3 principais momentos da atuação fisioterapêutica no câncer de mama. 

 
PREVENÇÃO
 
O Fisioterapeuta pode auxiliar na prevenção do câncer de mama através do estímulo à adoção de hábitos de vida saudáveis, incluindo: dieta balanceada, prática de exercícios físicos, controle de fatores emocionais, redução ou cessação do uso de álcool e do tabagismo. Por último e não menos importante, devemos estimular nossos pacientes à realização periódica do autoexame mamário, bem como à realização periódica de exames, tais como ultrassonografia ou mamografia.
 
PERÍODO PRÉ-CIRÚRGICO 
 
Uma vez que o câncer foi diagnosticado, a grande maioria dos casos são encaminhados ao tratamento cirúrgico para retirada do nódulo ou até mesmo da mama por completo, podendo incluir a ressecção das cadeias de linfonodos próximas. Neste processo, a paciente pode apresentar quadros de linfedema e perda funcional do membro superior homolateral à mama acometida, além de poder demonstrar também fadiga e sinais de desconforto respiratório, especialmente se a cirurgia for acompanhada de outras terapias adjuvantes, tais como a quimioterapia e a radioterapia. 
Sendo assim, a estratégia fisioterapêutica nesta fase é preparar o corpo da paciente para os estresses fisiológicos e funcionais inerentes ao tratamento vindouro. Desta forma, poderemos lançar mão de diversas técnicas:
Treinamento muscular respiratório;
Exercícios objetivando a expansão torácica;
Exercícios aeróbicos;
Exercícios para fortalecimento da musculatura do membro superior homolateral à mama acometida.
 
PERÍODO PÓS-CIRÚRGICO
 
A atuação fisioterapêutica no período pós-cirúrgico deve levar em consideração o provável desenvolvimento de linfedema no membro superior, assim como redução da mobilidade, dessensibilização, perda de força muscular, alterações respiratórias, dentre outras. O fisioterapeuta, portanto, poderá incluir na sua conduta as seguintes terapias:
Alongamentos passivos e ativos de membro superior, respeitando o limiar álgico da paciente, tendo cautela para evitar deiscência cicatricial;
Mobilização escapular de todo o cíngulo do membro superior;
Exercícios ativos e resistidos de membro superior;
Pompage em região cervical e torácica, umas vez que as mesmas podem encontrar-se bastante tensionadas;
Exercícios metabólicos de extremidades superiores;
Exercícios respiratórios;
Mobilização cicatricial, com o intuito de evitar aderências;
Sensibilização da região mamária com diferentes texturas.
 
Essas são as nossas principais dicas sobre a atuação fisioterapêutica no câncer de mama. Contudo, não podemos esquecer que a prevenção ou o diagnóstico precoce são as medidas mais eficazes para promovermos melhores prognósticos! 

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