SETEMBRO VERDE: Uma atitude pode salvar até oito vidas!

Ter que nos despedir de uma pessoa querida é sempre algo muito doloroso, mas um gesto nobre e bastante significativo pode ajudar a diminuir o sofrimento de muitas famílias. 

 

Frequentemente, o transplante de órgãos é a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. Um doador (ou doadora) de órgãos pode salvar até 8 vidas! 

 

Assim, para reforçar a importância de ser um doador de órgãos, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) organiza anualmente a Campanha Nacional de Doação de Órgãos, com ações informativas e eventos sociais em todas as capitais brasileiras.

 

Em São Paulo, a Lei nº 15.463, de 18 de junho de 2014, institui o mês de setembro como dedicado especialmente à conscientização em favor da doação de órgãos, mês este que passou a ser conhecido como “Setembro Verde”.

 

Transplante de órgãos no Brasil

 

O transplante de órgãos é uma conquista extraordinária para a evolução dos procedimentos da saúde e o Brasil é referência mundial na área, possuindo o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% desses procedimentos realizados em todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

 

Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.

 

Apesar disso, em números relativos, o Brasil ainda tem muito o que progredir. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o país tem hoje mais de 40 mil pessoas na fila de espera para transplante de órgão, tecido ou medula. 

 

O grande desafio é aumentar a notificação. Ainda de acordo com a ABTO, de cada oito potenciais doadores, apenas um caso é notificado. Enquanto em países como Espanha – referência mundial quando o assunto é transplante –, são registrados perto de 40 transplantes por milhão de população (pmp), no Brasil essa taxa está próxima de 17 por milhão.

 

Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ministério da Saúde, o número de transplantes considerados mais complexos realizados no primeiro semestre de 2019 apresentou crescimento significativo em relação ao mesmo período de 2018.

 

Esses procedimentos são considerados mais difíceis, devido a aspectos como tempo curto entre retirada e implante do órgão, estrutura necessária nos hospitais e equipes especializadas. 

 

Os transplantes de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os transplantes de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203.

 

O ministro da Saúde interino, João Gabbardo, também assinou hoje a portaria que reajusta o valor pago nas soluções de preservação de três órgãos. Estas soluções são usadas para manter a viabilidade das células dos órgãos antes de serem transplantados, garantindo o funcionamento adequado no receptor. Para a captação de rim e coração o valor passou de R$ 35/litro para R$ 350/litro. Já para pulmão, o reajuste foi de R$ 269,00, passando de R$ 81 para R$ 350/litro. Esses valores foram definidos em 2007 e não haviam sofrido reajuste desde então. 

 

A expectativa é de que o reajuste impacte positivamente no aumento do número de transplantes bem sucedidos desses órgãos, já que, nesse primeiro semestre do ano, houve queda de 2,1% na taxa de efetivação, caindo de 32,8% para 32,1%, o que resultou na diminuição em 1,2%  na taxa de doadores efetivos (16,8 pmp), segundo ABTO.

 

O Ministério da Saúde também tem observado aumento dos consentimentos familiares para a doação de órgãos, atribuindo o mesmo ao trabalho voltado à divulgação de informações. Esse ano, o aumento alcançou uma média de 60% de consentimento por parte das famílias de possíveis doadores.

 

Essa taxa pode indicar que as campanhas de conscientização fazem verdadeira diferença na hora da família decidir pela doação ou não dos órgãos. Ainda há, porém, muito trabalho a ser feito. 40% das famílias dos possíveis doadores ainda dizem ‘não’ à doação, enquanto que 40 mil pessoas esperam nas filas por um “sim” que poderá salvar suas vidas.

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Por Sanar

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