Os 10 assuntos mais cobrados em provas de Concursos em Psicologia

Você – com certeza –  já parou para se perguntar:
 
“O que realmente preciso estudar para concursos em psicologia?”
 
Claro que a resposta para esta pergunta não é simples, afinal cada edital tem a sua série de assuntos específicos.
 
Porém, olhando vários editais, dá para perceber que muitos assuntos são recorrentes em provas diferentes. E para você não precisar olhar centenas de provas e milhares de questões, para descobrir quais os assuntos que mais caem, fizemos isso para você!
 
Lembrando que estes assuntos não estão em ordem específica de cobrança, apenas selecionamos os 10 mais recorrentes. 
 


1. Funções psíquicas e suas alterações

Onde apareceu o assunto recentemente? Na prova da UFF, em 2019 e da EMATER-MG, em 2018.
 
(PSICÓLOGO – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE CHAPECÓ – OBJETIVA CONCURSOS) Segundo Dalgalarrondo (2000), dentre alterações qualitativas da sensopercepção, em que há uma percepção deformada de um objeto real e presente, podendo ocorrer em três condições: no estado de rebaixamento do nível da consciência; nos estados de fadiga grave ou de inadequação marcante e em determinados estados afetivos. Esta alteração refere-se a impulsos que entram na mente do indivíduo.
a) Ilusões.
b) Delírios.
c) Alucinações.
d) Delírium.
e) Pseudo-alucinações.
 
Alternativa A: CORRETA. A principal característica da Ilusão – a qual é uma alteração da sensopercepção – é a percepção deformada de um objeto, contudo este objeto é real e está presente. É um sintoma comum na psicose aguda e também na esquizofrenia.
 
Alternativa B: INCORRETA. O delírio é uma alteração do pensamento sendo um sintoma característico dos quadros de psicose como a esquizofrenia e como o transtorno delirante persistente. Também pode aparecer como sintoma nos episódios maníacos do Transtorno Bipolar ou ainda pode estar presente na depressão psicótica.
 
Alternativa C: INCORRETA. A alucinação apesar de ser uma alteração da sensopercepção,  tem como característica principal o fato da percepção ser clara e definida quanto a presença de um objeto (voz, ruído e/ou imagem) porém sem a presença real deste objeto.
 
Alternativa D: INCORRETA. O delírium é uma alteração presente nos transtornos orgânicos tendo como característica grande confusão mental aguda e desorientação.
 
Alternativa E: INCORRETA. A pseudo-alucinação é aquela na qual a imagem acaba por adquirir um aspecto de percepção real sendo fruto de uma grande atividade da imaginação. Na literatura atual sugere-se que frente a característica ambígua deste termo, podemos utilizar os conceitos de alucinação psicótica e alucinação não-psicótica para definir melhor os quadros sintomáticos apresentados pelo paciente.
 

2. Documentos psicológicos

Com a nova resolução do CFP sobre elaboração de documentos, as bancas irão cobrar ainda mais esse tópico!
 
Onde apareceu o assunto recentemente? -Na prova da Pref. Salvador e da UFRN, em 2019
  
(PSICÓLOGO – SESACRE – FUNCAB) A declaração é um dos documentos produzidos por psicólogos. Marque a alternativa que indica o que NÃO pode ser registrado no referido documento.
 
a) O acompanhamento psicológico do atendido.
b) Sintomas, situações ou estados psicológicos.
c) Informações sobre as condições do atendimento.
d) Comparecimento do atendido e/ou acompanhante.
e) Ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico
 

Conforme a Resolução CFP 06/2019, a declaração consiste em um documento escrito que tem por finalidade registrar, de forma objetiva e sucinta, informações sobre a prestação de serviço realizado ou em realização.

Alternativa A: INCORRETA. Informações sobre o acompanhamento são objetivas.

Alternativa B: CORRETA. Sintomas, situações ou estados psicológicos, não podem ser mencionados na declaração, mas sim num atestado, laudo/relatório ou parecer.
 
Alternativa C: INCORRETA. Condições de atendimento são informações objetivas.
 
Alternativa D: INCORRETA. Comparecimento do paciente e/ou acompanhante são informações objetivas.
 

Alternativa E: INCORRETA. A alternativa apresenta os principais objetivos de uma declaração.
 


Confira aqui nosso artigo sobre as principais alterações trazidas pela Resolução CFP 06/2019!


3. Código de Ética Profissional

O Código de Ética é bem grande, mas as bancas recorrentemente cobram os princípios e deveres fundamentais e as vedações!
Onde apareceu o assunto recentemente?  NA PROVA DO SEDEST-DF em 2019 e na da Pref. d
 
(PSICÓLOGO – TRT 18º REGIÃO – FCC – 2013) Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é vetado ao psicólogo prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações:
 
a) divulgadas.
b) negociadas.
c) limitadas.
d) polêmicas.
e) privilegiadas.
 
Alternativa A: INCORRETA.  O Item ‘q’ do Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo fala sobre ser vetado ao psicólogo a divulgação de procedimentos e resultados em meios de comunicação de forma a expor pessoas, grupos ou organizações, não tratando sobre organizações concorrentes.
 
Alternativa B: INCORRETA. O item ‘p’ do Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo discorre sobre ser vetado ao profissional da Psicologia receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamentos de serviços, o que poderia ser considerado negociação, independente de ser em relação a organizações concorrentes.
 
Alternativa C: INCORRETA. O Código de Ética Profissional do Psicólogo não aborda limitações quanto a prestar serviços profissionais a organizações concorrentes. Apenas aborda, no Art. 2º, a prestação de serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possa resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas.
 
Alternativa D: INCORRETA. O Item V dos Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo, afirma que o psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão. Não caberia, e, por assim dizer, estaria o profissional vetado a opinar de forma polêmica, independente de qual contexto se refira, não se restringindo este fato a organizações concorrentes.
 
Alternativa E: CORRETA. O Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo menciona o que é vetado ao psicólogo, e no item ‘m’ traz expressamente que é vetado ao profissional prestar informações privilegiadas a organizações concorrentes de maneira que possa resultar em algum prejuízo para as partes envolvidas.

4. Psicodiagnóstico

Principais tópicos:

  • Conceito e elementos do processo psicodiagnóstico.
  • Os procedimentos e etapas necessárias ao desenvolvimento do diagnóstico

 
Onde apareceu o assunto recentemente? Na prova da Pref. Osasco em 2019
 
(PSICÓLOGO – MAPA – CONSUPLAN) Dentre os passos do processo psicodiagnóstico, Cunha (2000) afirma que existe uma expressão utilizada para designar um conjunto de testes ou de técnicas, que podem variar entre dois e cinco ou mais instrumentos. Esses são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o objetivo da avaliação. A expressão mencionada por Cunha (2000) recebe o nome de:
 
a) bateria de testes.
b) técnicas projetivas.
c) conjunto de técnicas.
d) técnicas psicométricas.
 
Alternativa A: CORRETA. A bateria de testes é usada no processo psicodiagnóstico, visto que este conjunto de instrumentos psicológicos se destina à classificação, investigação, avaliação e padronização das funções psíquicas do avaliado.
 
Alternativa B: INCORRETA. A técnica projetiva trata-se de um tipo de avaliação que tem por objetivo facilitar o pensamento e ativar o emocional, para que conteúdos latentes possam ser acessados, incentivando o imaginário para além da expressão verbal.
 
Alternativa C: INCORRETA. A expressão ‘conjunto de técnicas’ restringe o psicodiagnóstico, de maneira que não contempla a utilização necessária dos testes psicológicos, que são ferramentas estruturadas e padronizadas para auxílio na construção do diagnóstico.
 
Alternativa D: INCORRETA. Apenas a utilização de técnicas psicométricas não é suficiente para um bom processo psicodiagnóstico, visto que estas se detêm apenas nas amostras de comportamento de um indivíduo, de maneira a mensurar um repertório ou deduzir um construto psicológico que possa ser comparável e repetido.


 Saiba mais sobre testes psicológicos e outros instrumentos de psicodiagnóstico e avaliação psicológica


5. Principais quadros psicopatológicos

Principais tópicos:

  •  Descrições e sintomatologia associada aos principais transtornos e disfunções psicopatológicas.
  •  Compreensão e diagnóstico a partir de casos clínicos apresentado.
  •  Quadros muito recorrentes: transtornos depressivos, transtornos ansiosos e transtornos de personalidade.

 Onde apareceu o assunto recentemente?  Na prova do SEDEST-DF e do IF- Sul Rio Grandense, em 2019
 
(PSICÓLOGO – MAPA – CONSUPLAN) Dentro dos fatores sociais na anormalidade, o autor Cordioli (2008) menciona “um tipo de transtorno que é uma condição clínica primária, com uma prevalência geral na população de 68%, sendo considerado o quarto transtorno mental mais comum. A presença desse quadro é um fator de risco à manifestação de outros transtornos mentais, sobretudo transtornos de ansiedade, humor e abuso de substâncias.” Os dados mencionados anteriormente referem?se ao transtorno:
 
a) bipolar.
b) do pânico.
c) somatoforme.
d) de estresse pós traumático.
 
Alternativa A: INCORRETA. Não são características do transtorno afetivo bipolar os transtornos de ansiedade e de humor ou abuso de substâncias. Ele se caracteriza pela alternância e/ou predominância de episódios de euforia e depressão.
 
Alternativa B: INCORRETA.  O transtorno de pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado especialmente por um intenso medo e/ou mal-estar que apresenta sintomas físicos e cognitivos e inicia de forma brusca, causando, no sujeito, medo de morrer persistente e/ou recorrente.
 
Alternativa C: INCORRETA. O transtorno somatoforme se caracteriza especialmente, na perspectiva médica, como sendo um quadro no qual a ‘doença’ persiste, apesar dos transtornos físicos presentes não explicarem nem a natureza, nem a extensão dos sintomas apresentados. O mesmo traz como predicado a busca persistente de assistência médica e de apoio nos familiares e nos amigos.
 
Alternativa D: CORRETA. As características apresentadas tem pertinência com o quadro de estresse pós-traumático, visto que este traz no seu bojo a ocorrência dos sintomas em resposta a uma situação ou evento estressante, que pode ser de curta ou de longa duração e de natureza especialmente ameaçadora ou catastrófica.

É importante perceber que o quadro de estresse pós traumático pode ser um gatilho para manifestação de outros transtornos mentais, como transtornos de ansiedade e transtorno de humor, bem como abuso de substâncias, todos estes considerados como comorbidades.
 

6. Psicanálise

As teorias e o fazer clínico oriundos dos estudos de diversos autores, tanto psicanalistas quanto aqueles se originaram a partir dessa abordagem
 
Onde apareceu o assunto recentemente? – NA prova doTRE-BA, em 2017 e da Pref. Salvador, em 2019.
 
(PSICÓLOGO – MAPA – CONSUPLAN ) “Freud, sentindo que, em alguns momentos, o método de livre associação podia não funcionar livremente, e cedo ou tarde os pacientes chegavam a um ponto das recordações se sentindo incapacitados ou indispostos para continuar, desenvolveu o termo resistência dentro da teoria psicanalítica.” (Dane P. Schultz, 2006). Na visão psicanalítica Freudiana, a resistência deriva da:
 
a) psicose.
b) angústia.
c) neurose.
d) repressão.
 
 
Alternativa A: INCORRETA. A psicose para Psicanálise consiste no conflito do “Eu” com o mundo externo. Assim, o “Eu” fracassa em sustentar-se fiel ao mundo externo e tenta com isso emudecer o Id. Frente a isso o “Eu” é sobrepujado pelo Id e consequentemente apartado da realidade. Desta maneira, se estabelece, para Sigmund Freud, o entendimento da psicose.
 
Alternativa B: INCORRETA. Considerando que Angústia vem do latim – angor, que significa ‘angustura, estreitamento, apertamento’, a ideia psicanalítica de angústia é caracterizada pela ausência do objeto, ou pela perda de um objeto. Não se trata de um objeto em particular, mas do objeto da psicanálise, o chamado objeto a.
 
Alternativa C: INCORRETA. A ideia psicanalítica da neurose diz que esta se refere a qualquer desequilíbrio mental que causa angústia e ansiedade, sem impedir ou afetar, entretanto, o pensamento racional.

Alternativa D: CORRETA. A resistência deriva da repressão, sendo um dos mecanismos de defesa inconscientes, no qual as ideias e os impulsos inaceitáveis e/ou indesejáveis para a consciência são suprimidos, e assim, impedidos de entrar no estado consciente.
 

7. Psicologia do Desenvolvimento e contribuições de Piaget

Onde apareceu o assunto recentemente?  Na prova do MPE-BA e do DPE- RS, em 2017
 
(PSICÓLOGO – UPE/PE – CONUPE ) Ao abordar o desenvolvimento moral, Piaget considera uma fase que pode ser caracterizada nos seguintes termos: A regra confunde-se com o hábito: há regularidades, mas a criança não as sente como obrigatórias, ou seja, não há normas propriamente ditas (Freitas, 2002). Assinale a alternativa que identifica, corretamente, essa que é a primeira fase do desenvolvimento moral.
 
a) Heteronomia.
b) Egocentrismo.
c) Autonomia.
d) Altruísmo.
e) Anomia
 
Alternativa A: INCORRETA. Heteronomia é a fase em que a criança, que tem entre dois e oito anos, apresenta interesse por atividades coletivas e regradas. Ela percebe as regras como absolutas, imutáveis e intangíveis. As regras têm caráter sagrado e qualquer modificação delas, mesmo que com o consentimento dos outros jogadores, é vista como proibida ou como uma “trapaça”.
 
Alternativa B: INCORRETA. Egocentrismo refere-se à tendência de crianças pequenas elegerem o ponto de vista próprio como absoluto ou o mais verdadeiro. Dificuldade de se colocar no lugar dos outros. Pode significar também que a criança ainda não tem domínio de seu “eu” e que, longe de ser autônoma, ainda é heterônoma nos seus modos de pensar e agir.
 
Alternativa C: INCORRETA. Na fase da autonomia a criança está com 8 a 12 anos. Caracteriza-se por uma moral de igualdade ou de reciprocidade na qual as regras são percebidas como estabelecidas e mantidas por acordos sociais. As regras são vistas como leis e o respeito a elas é obrigatório. A partir dos 10 anos, a criança percebe que determinadas regras podem sofrer alterações, contanto que os outros à sua volta permitam tais mudanças. É semelhante à visão adulta das regras.
 
Alternativa D: INCORRETA. O altruísmo não é um conceito-chave na teoria de Piaget. Altruísmo refere-se a ações pró-sociais com o objetivo de permitir ou aprovar as necessidades de outras pessoas. Relaciona-se ao fato de o indivíduo depositar menos importância na resolução dos seus objetivos ou anseios, limitar proveitos pessoais e demonstrar maior disposição em beneficiar e se dedicar aos outros.
 
Alternativa E: CORRETA. Na anomia, as crianças têm até 5 ou 6 anos. Nesta fase, as crianças não têm consciência de obrigação e, portanto, a regra ainda não é coercitiva ou obrigatória. Ela é puramente motora. A criança pode até participar de atividades coletivas, mas é antes com o intuito de satisfazer seus interesses motores ou fantasias e não para participar de atividades com outras pessoas.
 

8. Atendimento em Saúde

Todas as modalidades de atendimento que podem ser oferecidas pelo Psicólogo dentro das instituições de Saúde
 
Onde apareceu o assunto recentemente? Na prova da EBSERH, em 2018 e 2017
 
(PSICÓLOGO – PREFEITURA DE MODELO/SC – ICAP) O trabalho do Psicólogo nos serviços de Atenção à Saúde deve estar voltado para atividades de promoção, visando à melhoria da qualidade de vida da população. A respeito do trabalho do Psicólogo na Atenção à Saúde assinale a alternativa correta:
 
a) As atividades da Psicologia da Saúde são focadas exclusivamente para a atenção de cuidados ao nível primário da saúde, visto a demora de mudanças para as novas modalidades de inserção de trabalho do Psicólogo no contexto da Saúde Pública.
b) É um campo que se destina principalmente para o atendimento individual, visto que a formação a própria em Psicologia é marcada pela hegemonia da Psicologia Clínica.
c) Na Psicologia da Saúde, o Psicólogo não compreende através de uma visão global do indivíduo para que determinados aspectos psicológicos possam estar associados a problemas médicos.
d) Estão como algumas das atribuições do Psicólogo nesta área a sua obrigatoriedade com propostas apenas educacionais de promoção da saúde.
e) Uma das propostas de trabalho do Psicólogo neste âmbito são a promoção e a manutenção da saúde, a prevenção, tratamento da doença, assim como as melhorias na sistemática de cuidado e formulação de políticas de saúde.
 
 
Alternativa A: INCORRETA. A atuação da psicologia também se dá nos níveis secundário e terciário de atenção à saúde. Não se restringe ao nível primário.
 
Alternativa B: INCORRETA. A formação do psicólogo é um tema bastante discutido e uma das ideias que se defende é a adoção de matrizes curriculares mais abrangentes, interdisciplinares e multirreferenciadas, englobando a atuação da psicologia em diversos contextos (comunidade, unidades de saúde, organizações, instituições educativas etc.).
 
Apesar da identidade profissional da psicologia ainda se encontrar estreitamente relacionada ao modelo clínico, principalmente no que se refere à representação social que se construiu em torno do fazer psicológico, as formas de intervenção no campo da Atenção à Saúde tem se distanciado da clínica. As práticas de cunho social, grupal e com caráter de prevenção e promoção da saúde, tem sido consideradas ações eficazes no âmbito da saúde pública.
 
Alternativa C: INCORRETA. A psicologia defende uma compreensão biopsicossocial dos fenômenos relativos ao processo saúde-doença. Ao contrário do que se afirma nesta alternativa, a Psicologia defende uma visão abrangente do ser humano e estuda os fatores psicossociais subjacentes ao adoecimento.
 
Alternativa  D: INCORRETA. Educar para saúde constituiu um dos eixos de atuação da psicologia no trabalho de promoção da saúde, mas não existe essa obrigatoriedade que se restrinja apenas a este aspecto. O(a) psicólogo(a) atua em diversos níveis, nos programas de prevenção, nos serviços de habilitação e reabilitação, na gestão da saúde, em ações de suporte à equipe, em situações de risco e vulnerabilidade etc.
 
Alternativa E: CORRETA. Todas as propostas de trabalho listadas nesta alternativa são pertinentes à atuação dos profissionais de psicologia nos serviços de Atenção à Saúde.

 

9. Saúde Mental 

Principais tópicos:

  • Reforma Psiquiátrica
  • Lei 10.216/01
  • Portaria 3.088/11

Onde apareceu o assunto recentemente? Na prova da Pref. do Rio de Janeiro, em 2018 e na prova do IF-TO, em 2019.

 (PSICÓLOGO – TRF 2ª REG. – FCC) Analise o fragmento a seguir. “Uma notícia publicada em jornal do Rio de Janeiro revelou a situação de pacientes de um antigo Hospi? tal de Custódia e Tratamento Psiquiátrico que, mes? mo após o cumprimento da medida de segurança, permaneciam reclusos por terem perdido contato ou terem sido abandonados por suas famílias.”
Com base no fragmento acima, de acordo com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, esses pacientes do manicômio judiciário devem ser encaminhados para:

a) unidades prisionais em regime semiaberto.
b) serviços regulares de internação hospitalar.
c) CAPS AD III.
d) serviços residenciais terapêuticos.
e) comunidades terapêuticas.
 
Alternativa A: INCORRETA. A reclusão tem sido veementemente combatida nas atuais políticas públicas de saúde mental.
 

Alternativa B: INCORRETA. A internação hospitalar caracterizava o modelo tradicional e hegemônico em saúde mental, que foi questionado pelo movimento de Reforma Psiquiátrica, que defende os cuidados extra-hospitalares.
 

Alternativa C: INCORRETA. A sigla CAPS AD III significa Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III. Também denominado CAPS AD 24 horas, consiste num serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas e oferece acolhimento noturno de curta duração para pacientes em crise.
 

Alternativa D: CORRETA. A Portaria/GM n.º 106, de 11 de fevereiro de 2000, dispõe em seu Art. 1.º a necessidade de “Criar os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, no âmbito do Sistema Único de Saúde, para o atendimento ao portador de transtornos mentais.

Entende-se como Serviços Residenciais Terapêuticos, moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares e, que viabilizem sua inserção social”.
 

Alternativa E: INCORRETA. As CT (Comunidades Terapêuticas) foram criadas em 1979, com o objetivo de dar uma resposta aos problemas provenientes da dependência de drogas, possuindo assim um ambiente que necessariamente é livre das mesmas e uma forma de tratamento em que o paciente é tratado como o principal protagonista de sua cura
 

10. Avaliação Psicológica

Principais tópicos:

  • Definições
  • Instrumentos de Avaliação Psicológica: entrevistas e testes
  • Resoluções do CFP sobre Avaliação Psicológica

Onde apareceu o assunto recentemente? Na prova da PC-ES, em 2019 e da EBSERH, em 2018.

(TJ – SP / VUNESP) A obra Processo Diagnóstico e as Técnicas Projetivas (Ocampo e colaboradores, 2009) recomenda iniciar o processo de psicodiagnóstico por uma entrevista 

a) totalmente livre, que permita, ao sujeito, revelar sua visão da situação atual e expressar sua ansiedade diante da situação.
b) informal, deixando que o sujeito se sinta à vontade para escolher sobre o que falar, sem se sentir ameaçado.
c) dirigida, nos moldes da anamnese, de modo a coletar os dados mais relevantes do histórico e da demanda. 
d) interventiva, que favoreça a elaboração e possivelmente o insight diante das questões mais relevantes trazidas pelo sujeito.
e) inicialmente diretiva, para apresentação mútua e de enquadramento, para então passar para a entrevista livre.

Alternativa A: INCORRETA. Apesar dos autores sugerirem que na entrevista inicial deva existir espaço para que o sujeito expresse livremente sua demanda, por onde preferir, há de se dedicar os momentos iniciais da mesma à apresentação mútua, e esclarecimento do enquadramento pelo psicólogo.

Alternativa B: INCORRETA. O termo “informal” na alternativa permite diferentes interpretações, todavia, vale ressaltar que há um nível de formalidade proposto pelos autores, uma vez que orientam dedicar o momento inicial da entrevista à apresentação mútua, e esclarecimento do enquadramento pelo psicólogo. Dessa forma, a entrevista não é informal.

Alternativa C: INCORRETA. Os autores propõem que na entrevista inicial, após o enquadramento do trabalho a ser realizado, seja dado espaço para o sujeito abordar livremente a situação em questão, na ordem que preferir. Conteúdos pré-definidos para sondagem de informações e fatos junto ao sujeito não se enquadram nesta modalidade proposta pelos autores.

Alternativa D: INCORRETA. O termo “interventiva” sugere uma abordagem em que o psicólogo atue de forma direcionada em torno de objetivos preestabelecidos, o que não condiz com a proposta dos autores: a entrevista inicial é um momento de conhecimento mútuo e apresentação da demanda de forma livre pelo sujeito, podendo o psicólogo sinalizar percepções acerca da dinâmica estabelecida ou observada, contradições, ambiguidades etc.
 

Alternativa E: CORRETA. Os autores iniciam o capítulo sobre entrevistas caracterizando a entrevista inicial em psicodiagnóstico como uma entrevista semidirigida, de forma que no seu início seja feita a apresentação mútua e esclarecimento, por parte do psicólogo, do enquadramento do trabalho, para que na sequência o sujeito exponha seus problemas por onde preferir, com os conteúdos que desejar. Esse segundo momento é compreendido pelos autores como sendo uma técnica de entrevista livre.

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