O que Administração de empresas e enfermagem têm em comum?
A maioria das pessoas pode até pensar que há muito pouco no que essas áreas do conhecimento interagem entre si, mas nesse super resumo que preparamos, você vai ver que há sim muita conexão.
A enfermagem ao longo de sua história, tem sido solicitada a reagir a evolução
das forças tecnológicas e sociais. As novas responsabilidades administrativas, que são
parte dos serviços de enfermagem requerem enfermeiros administradores com
conhecimentos, habilidades e competências em vários aspectos administrativos.
Quais as principais teorias administrativas de enfermagem?
Teoria Cientifica
Criada por Taylor (1903), caracteriza-se por considerar a administração uma
ciência aplicada na racionalização e no planejamento das atividades operacionais.
Ênfase nas tarefas. Nesta teoria o trabalhador sabia cada vez menos do todo que
constituía o seu trabalho restringindo e focando seu saber somente na tarefa que lhe
cabia. Ainda nesta teoria se propunha o incentivo salarial e o prêmio compatível com a
produção.
Qual a influência da teoria científica na enfermagem atual?
Sua influência para a enfermagem atual reside na existência de locais que
utilizam a divisão de tarefas na realização do cuidado em detrimento ao atendimento
integral. Em ambos as situações o enfermeiro tem papel norteador, ou seja, de
direcionar sua equipe o mais complacentemente possível focando em quaisquer uns dos
casos de prestação de cuidado (parcial ou integral) para o resultado do trabalho como
um todo e não apenas na atividade desenvolvida naquele momento pelo profissional.
Teoria Clássica
Corrente iniciada por Fayol (1916) para o tratamento da administração como
ciência na formatação e na estruturação das organizações. Ênfase na estrutura. Uma das
principais características dessa teoria estabelecida por Henry Fayol era a divisão do
trabalho em órgãos, não havia uma preocupação da divisão individual, mas sim
organizacional.
A partir disso que surgiu a divisão horizontal do trabalho que pressupunha o
agrupamento por atividades e a divisão vertical estabelecendo uma hierarquia
(KURCGANT, 1991). Fayol descrevia a empresa segundo seis funções: técnicas,
comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas.
Qual a influência da teoria clássica na enfermagem atual?
Remetendo aos dias atuais nas empresas onde a enfermagem atua, observa-se a
estruturação de segmentos ou órgãos que atuam individual e hierarquicamente de
maneira distinta. Nesta concepção da teoria clássica a divisão por departamentos e
consequentemente por autoridades responsáveis deve servir para organizar o serviço da
empresa em sua totalidade e não separá-lo de seus objetivos.
No cotidiano dos hospitais que em sua maioria trabalham com organogramas
onde há a divisão vertical e horizontal das atividades e gerências, cabe enfocar os tantos
conflitos vivenciados entre um setor e outro, uma gerência e outra, ocasionando uma
falta de resolutividade e consequentemente desmotivação do funcionário ao trabalho.
Teoria das Relações Humanas
Desenvolvida por Chester Barnard (1932), a teoria das relações humanas possui
como característica principal a visão do homem como social e não apenas um ser
econômico como vinha sendo suposto pelas teorias científica e clássica. Não se opõe
totalmente ao modelo da teoria de Taylor, entretanto engloba fatores como a motivação
humana e o trabalho grupal para se atingir o nível de produção esperada pela empresa.
Essa visão foi idealizada em 1930 e adveio juntamente com o desenvolvimento de
algumas ciências humanas, cita-se psicologia e sociologia.
Qual a influência da teoria das relações humanas na enfermagem atual?
A liderança é um aspecto que começa a ser trabalhado por esta teoria e emprega
aos dirigentes a maneira pela qual irá se relacionar com os empregados. Entretanto, uma
das maiores dificuldades encontradas é a manutenção de uma liderança não paternalista,
que consiga demonstrar os erros, sem, contudo, ferir a pessoa humana. Na época de sua
iniciação essa era uma das dificuldades, visualizada até hoje, liderar, sem omitir erros.
A teoria das relações humanas possui como característica principal a visão do
homem como social e não apenas um ser econômico como vinha sendo suposto pelas
teorias científica e clássica. Essa teoria engloba fatores como a motivação humana e o
trabalho multiprofiossional para se atingir os objetivos esperados.
Teoria Burocrática
A teoria burocrática, idealizada por Max Weber (1940), surgiu em clara
oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas.
A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu
ingênuo romantismo. A teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização
humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e
estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins
pretendidos.
A proposta burocrática visa à eficiência organizacional como objetivo básico, e
para tanto detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê
em detalhes o funcionamento organizacional. Desse modo, mantém um caráter racional
e uma sistemática divisão de trabalho.
Qual a influência da teoria Burocrática na enfermagem atual?
Caracteriza-se ainda pela impessoalidade nas relações humanas, considerando
os indivíduos apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização. Na
organização do serviço de enfermagem nas instituições hospitalares ou mesmo nos
postos de saúde, há a regulamentação dos procedimentos de enfermagem por meio da
descrição de normas e rotinas como forma de programar um serviço de melhor
qualidade.
Teoria Comportamental
Datada de 1947, esta teoria teve como base principal a inserção de uma
preocupação nos processos organizacionais e não na estrutura. Enfatizou a motivação
humana por meio do conhecimento da teoria da Motivação de Maslow e a Teoria sobre
os dois fatores de Hertzberg.
Diante do estudo das teorias da administração e reportando o cotidiano da
enfermagem nas organizações é possível identificar preceitos de teorias diversas sendo
aplicadas por administradores e consequentemente ao pessoal de enfermagem que
integra o grupo de colaboradores. É importante obter conhecimento frente às teorias da
administração para que na aplicação do trabalho diário de enfermagem, se utilize os
meios mais adequados para o funcionamento.
Qual a influência da teoria comportamental na enfermagem atual?
Baseado na percepção desta teoria, atualmente educação continuada deve ser
vista como parte geradora de todo um sistema e focalizada igualmente na motivação
profissional. Pois, como já foi citado anteriormente, apenas a especialização não confere
a empresa um aumento de produtividade; então ao inserir um programa de educação
continuada aos profissionais de saúde é imprescindível que os mesmos estejam
interagindo de maneira motivadora, para obtenção de resultados.
Teoria Contingencial
De autoria da Mary Follett (1926), corrente mais recente e que parte do princípio
de que a administração é relativa e situacional, isto é, depende de circunstâncias
ambientais e tecnológicas da organização.
Nesta teoria se enfatiza o fato do ambiente externo ocasionar as modificações de
estruturação e organização de uma empresa. Também enfoca a tecnologia como um
alicerce que influencia nos resultados da empresa. A empresa deve ser ajustada e
adaptada ao ambiente e à tecnologia, assim como seus processos regulamentadores,
como meio de se manter ativa e eficiente.
Qual a influência da teoria Contingencial na enfermagem atual?
Diante do estudo das teorias da administração e reportando o cotidiano da
enfermagem nas organizações é possível identificar preceitos de teorias diversas sendo
aplicadas por administradores e consequentemente ao pessoal de enfermagem que
integra o grupo de colaboradores. É importante obter conhecimento frente às teorias da
administração para que na aplicação do trabalho diário de enfermagem, se utilize os
meios mais adequados para o funcionamento.
Nesta percepção a educação continuada deve ser vista como parte geradora de
todo um sistema e focalizada igualmente na motivação profissional. Pois, como já foi
citado anteriormente, apenas a especialização não confere a empresa um aumento de
produtividade; então ao inserir um programa de educação continuada aos profissionais
de saúde é imprescindível que os mesmos estejam interagindo de maneira motivadora,
para obtenção de resultados.