Qual a melhor forma de estruturar o trabalho científico?

A produção de um artigo científico, monografia ou qualquer outro trabalho acadêmico costuma “assustar” os estudantes de graduação e pós-graduação por conta de diversos aspectos, como: rigor na estrutura, discussão conceitual, definição da metodologia, necessidade de responder as questões propostas na hipótese, além dos objetivos gerais e específicos.

Calma! Sabemos que apesar de todas essas coisas, todo trabalho acadêmico requer uma estrutura prévia que, com o apoio dos materiais adequados, pode ser desenvolvida de forma mais natural.

“O estudante que tem a concepção do que é uma pesquisa e tem as ferramentas, competências e habilidades para fazer uma interpretação de um artigo científico, de uma revisão sistemática, ele tem sim maior oportunidade de inserção no mercado, seja ele clínico ou acadêmico”, destaca Cristiane Dias, coordenadora do livro Metodologia Científica Aplicada à Fisioterapia.

Confira a lista que preparamos para ajudar o desenvolvimento do seu trabalho:

1. Escolha seu tema:
O trabalho exigirá tempo e dedicação. Portanto, escolha um tema que tenha afinidade e leve em consideração sua proximidade com ele e o acesso a autores e materiais.

2. Hipótese, objetivos gerais e objetivos específicos:
Antes de pensar a hipótese, primeiro escreva o problema de pesquisa que deseja responder. Já nos objetivos, descreva suas pretensões e resultados delimitados. Use sempre verbos no infinitivo para descrevê-los, como: analisar, identificar, investigar, relacionar.

3. Faça pesquisa e leia antes de escrever:
Leituras preliminares ajudam a ter base para iniciar a sua produção e pensar sobre os próximos passos.

4. Respeite a metodologia:
Defina uma metodologia e siga a mesma durante todo o desenvolvimento do trabalho. Ela pode ser: descritiva, documental, estudo de caso, bibliográfica, entre outras.

5. Cronograma:
Um trabalho científico requer organização. Por isso, defina e controle o seu tempo!

6. Referências:
Busque ter autores de relevância acadêmica para ajudar a embasar o seu trabalho.

“Os alunos que tem uma afinidade, contato, interesse de começar a entender a linguagem da metodologia se desenvolvem muito melhor e saem melhor preparados para o mercado de trabalho. Principalmente por conta da necessidade que temos hoje de praticar a evidência na clínica e a gente não tem como praticar essa evidência se não entendemos metodologia”, afirma Ana Lúcia Goés, fisioterapeuta musculoesquelética.