Nas últimas décadas, a população brasileira passou por grandes transformações sociais que resultaram em mudanças no padrão de saúde e alimentação, trazendo novos desafios para as políticas públicas, como o aumento do excesso de peso, obesidade e doenças crônicas. Ao mesmo tempo, o país ainda lida com problemas históricos como carências de micronutrientes, principalmente entre as crianças.
Diante disso o Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTIC), lançou três editais de pesquisa relacionados a alimentação e nutrição dos brasileiros.
O financiamento de R$20 milhões pretende melhorar o conhecimento da situação da população e a produção evidências e estratégias de promoção da saúde.
Os editais abrangem diferentes frentes, como:
I – Inquérito Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, com o maior financiamento, de R$15 milhões A pesquisa terá três eixos de avaliação: consumo alimentar; antropometria e avaliação bioquímica das carências de micronutrientes.
II – O segundo, com financiamento de R$5,6 milhões, irá apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do país. Serão contemplados diferentes temas, incluindo obesidade, promoção da alimentação adequada e saudável, organização da atenção nutricional, regulação de publicidade infantil, taxação e rotulagem de alimentos, qualidade de dados antropométricos e avaliação de e/ou estratégias programas relacionados à saúde pública.
III – Haverá ainda verba de R$400 mil para revisões sistemáticas da literatura em que serão contemplados estudos sobre obesidade, prevalência da deficiência de micronutrientes e intervenções efetivas para prevenção e controle da deficiência de micronutrientes.
- O que isso implica para a Saúde
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. No Brasil, 33,5% das crianças, de cinco a menores de nove anos, apresentam excesso de peso, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares, POF 2008-2009. O mesmo percentual atinge os adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos com sobrepeso (33,5%), sendo que 8,4% estão obesos, segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, ERICA -2015.
O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. O objetivo é reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em, pelo menos, 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Outra ação que contribui para a promoção da alimentação saudável é o Guia Alimentar para a População Brasileira, que orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável.
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