Desde 2006 vigora uma lei no Brasil que obriga os fabricantes a indicar no rótulo a quantidade desse componente em alimentos industrializados.
Até porque, não é de hoje que a gordura trans é apontada como inimiga da saúde — infarto, derrame, diabete, inflamação e falhas na memória são só alguns dos prejuízos que ela pode causar.
A gordura saturada, presente em produtos como margarina, sorvetes, pratos congelados, biscoitos e macarrão instantâneo, é formada a partir de óleos vegetais que sofrem um processo de hidrogenação artificial. Ou seja: o hidrogênio é “forçado” para dentro das moléculas de gordura, o que melhora a textura e o gosto e aumenta a vida útil dos alimentos.
O projeto, de autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), agora vai ser avaliado e votado na Câmara dos Deputados. Se ele passar por todos os trâmites necessário, deve entrar em vigor em um prazo de três anos, o que dá tempo para as empresas se adaptarem à mudança.
- Solução
Muitas empresas passaram a apostar no óleo de palma como um substituto. Acontece que ele é composto por gordura saturada, outro item pouco prestigiado pelos nutricionistas.
A proposta em discussão inclui medidas que visam estimular o desenvolvimento de tecnologias que dispensem o uso de outras gorduras danosas na manufatura dos alimentos industrializados de forma a substituir a trans.
- Fora do Brasil
A legislação norte-americana tem trabalhado nessa questão removendo de todos as embalagens as gorduras trans em um período de três anos. Entre 2007 e 2011, 11 cidades do estado de Nova York proibiram que restaurantes da região usassem óleos hidrogenados em suas preparações.
Posteriormente, um estudo publicado no periódico JAMA Cardiology mostrou que, nessas áreas, o número de pessoas que sofreram ataques cardíacos caiu 7,8%.
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