Entre maio e dezembro de 2017, será realizada uma pesquisa na Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Mejc-UFRN), visando investigar o efeito psicofisiológico do estresse em casais que se submetem ao tratamento de fertilização in vitro (FIV).
A pesquisa é fruto da parceria entre o Centro de Reprodução Assistida (CRA) da Mejc – unidade hospitalar filiada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – e o Laboratório de Medidas Hormonais da UFRN. A coleta ocorrerá no próprio CRA, único do Norte e Nordeste a oferecer este serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa pesquisa é a primeira que busca correlacionar a interferência de uma ampla gama de variáveis psicológicas (disfunções sexuais, estratégias de enfrentamento, estilos de apego, suporte social, ansiedade e estresse) com o cortisol coletado por meio da saliva, no contexto da reprodução assistida.
- Como vai funcionar?
A coleta de cortisol salivar será realizada ao despertar, nos casais que estarão aptos a começarem o tratamento de FIV. Deverá acontecer necessariamente antes de iniciar a estimulação hormonal, visto que depois pode haver interferência e, dessa forma, os resultados serem mascarados.
Ao longo da pesquisa, será investigado também o desejo desses casais de se tornarem pais, bem como o apoio que eles recebem da família e dos amigos, além da forma como cada um lida com a infertilidade.
O estresse pode interferir negativamente, inclusive na parte técnica, porque existem horários para administrar as medicações, pois as pacientes precisam comparecer em dias específicos e além disso, eles também levam recomendações para casa.