O Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS), do Ministério da Saúde, garantiu 80% dos recursos para pesquisas no segmento, de dez estados brasileiros, nos últimos 15 anos.
A lista de contemplados conta com Roraima, Amapá, Acre, Tocantins, Sergipe, Mato Grosso, Alagoas, Maranhão Piauí e Espírito Santo. Ao todo, foram financiadas 3.055 pesquisas de mais de 300 instituições do País. Para isso, foram investidos mais de R$ 327,6 milhões, que subsidiaram estudos epidemiológicos, vetoriais e de vigilância em saúde.
Esses recursos foram úteis ao financiamento de pesquisas importantes para a população brasileira. Um exemplo disso é o desenvolvimento de uma nova fórmula de medicamento para tratamento de doença de Chagas, diminuindo a quantidade necessária de comprimidos, de três ao dia, para apenas um.
A pesquisa vem sendo desenvolvida na Universidade Federal de Pernambuco, no campus de Recife. Outro exemplo é a pesquisa com extrato de própolis para a cicatrização de lesões na pele causadas por leishmaniose, da Universidade Federal de Alagoas, que pode desenvolver produtos eficientes e de baixo custo. Os dois projetos estão em fase de estudos com seres humanos.
PPSUS
Presente em todo o Brasil, o PPSUS consegue, ao descentralizar o investimento em pesquisa, distribuir melhor os recursos de fomento, priorizar as demandas locais, beneficiando os pesquisadores e o desenvolvimento científico de todas as unidades federativas do Brasil. O avanço do programa contribui para a redução das desigualdades regionais e para a consolidação de uma cultura científica nacional.
O programa realiza, também, oficinas de prioridades nos estados para definir que linhas de pesquisa serão contempladas nos editais de fomento, para atender melhor às necessidades e aos problemas de saúde de cada estado. Está nessa etapa preliminar o andamento da edição 2015-2016 do programa. Vinte estados firmaram convênio com o CNPq para lançar seus editais.
O Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) é gerido de forma compartilhada entre o governo federal e estaduais. O Ministério da Saúde é o coordenador nacional do programa.
Para receber recursos do programa, os projetos dos pesquisadores passam por três fases. Na primeira, o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as fundações estaduais de apoio à pesquisa (FAP) e as Secretarias Estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia (SES e SECT) firmam acordos de repasses, realizam oficinas para definição de prioridades de pesquisa e elaboram chamadas públicas por unidade federativa.
Na segunda etapa, os projetos são avaliados e ocorrem as contratações. A terceira fase é de acompanhamento e avaliação das pesquisas.