AOCP/ EBSERH/HU-UFS – Enfermeiro Assistencial, 2014: Em relação à Vaginose Bacteriana, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) É caracterizada por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias.
(B) Embora o corrimento seja o sintoma mais frequente, quase a metade das mulheres com vaginose bacteriana são completamente assintomáticas.
(C) É uma característica da doença corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto uido ou cremoso, algumas vezes bolhoso; dor às relações sexuais (pouco frequente).
(D) Pode ser desencadeada pela relação sexual em mulheres predispostas, ao terem contato com sêmen de pH elevado.
(E) Trata-se de Doença Sexualmente Transmissível, em que o parceiro deve ser tratado de forma sistêmica e oportuna para prevenção da cadeia de transmissão.
Grau de dificuldade: Intermediário.
Alternativa A: Correta. Vaginose bacteriana é uma síndrome clínica resultante de um desequilíbrio da flora vaginal, correspondendo à principal causa de corrimento vaginal. O fator desencadeante é desconhecido, porém sabe-se que há uma diminuição dos lactobacilos e um crescimento polimicrobiano exagerado de bactérias anaeróbias1.
Alternativa B: Correta. Aproximadamente metade das mulheres com vaginose bacteriana são assintomáticas. Quando ocorre, o sintoma mais característico é o corrimento vaginal com odor fétido, semelhante a “peixe podre”, que piora durante o coito e a menstruação. Este odor é devido à volatização de aminas produzidas pelos microrganismos1.
Alternativa C: Correta. O corrimento vaginal tem coloração branco-acinzentado ou amarelado, fluido, homogêneo, e pode formar microbolhas. A presença de prurido local é incomum1.
Alternativa D: Correta. O esperma, por seu pH elevado, contribui para desequilibrar a flora vaginal em algumas mulheres suscetíveis. O uso de preservativo pode ter algum benefício nos casos recidivantes1.
Alternativa E: Incorreta. A vaginose ocorre com maior frequência em mulheres com vida sexual ativa. Entretanto, também pode acometer crianças e mulheres virgens. Não é considerada uma transmissível, uma vez que algumas dessas bactérias podem ser encontradas habitualmente no ser humano1.
Renata Passinho é Enfermeira Técnica-administrativa da Universidade Federal do Sul da Bahia – Campus Sosígenes Costa, Porto Seguro/BA. Enfermeira intervencionista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) de Salvador/BA. Especialista, sob a forma de residência, em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Gestão de Emergências em Saúde Pública pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.Autora e Coordenadora dos Livros Preparatório para Residências em Enfermagem e 1.000 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Enfermagem Docente em pós-graduações de enfermagem, cursos preparatórios para residências em saúde, aperfeiçoamento profissional em urgência e emergência (aulas expositivas e instrutora de atividades práticas) e concursos públicos.
Referência:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_das_dst.pdf. Acesso em julho de 2015.