Você já pensou em fazer Residência?

Você já pensou em fazer uma Residência?



Você conhece os benefícios que as Residências poderiam lhe proporcionar?



Em 2016, há uma previsão de mais de 6.000 vagas para residentes em todo o país com datas de inscrição que variam de Setembro a Janeiro.



1)      Enfermeiro   4.471 vagas

2)      Odontologia – 793 vagas

3)      Farmácia – 1.034 vagas

4)      Nutrição  1.473 vagas

5)      Fisioterapia – 1.276 vagas

6)      Psicologia – 1.250 vagas



Todas as vagas são remuneradas com uma bolsa de R$ 2.976,26 e exigem um dedicação intensa do residente. Abaixo postamos uma uma entrevista realizada com o Octávio Augusto sobre o tema!



Como foi a forma de ingresso?



O processo seletivo já começa a partir da taxa de inscrição, pois caso você não consiga a isenção, terá que desembolsar R$200,00! Fora essa taxa, é um processo seletivo comum, como um concurso qualquer. Tem uma série de perguntas sobre tudo o que vimos durante a graduação (é importante uma boa revisão durante algumas semanas antes da prova) e algumas questões que cobram sua experiência na prática, correlacionando o que aprendemos na sala de aula com os estágios obrigatórios.



No meu caso, a concorrência era o que menos me preocupava, pois concorri com apenas 15 pessoas. 
Claro, eram três vagas apenas. Isso elevava um pouco a relação candidato/vaga. Acredito que nos próximos anos a concorrência irá aumentar, elevando mais o grau de dificuldade.

Também fui favorecido, de certa forma, quanto ao local da prova. No meu caso, a Faculdades Pequeno Príncipe, onde me formei, foi a instituição que conseguiu o aval do MEC e do Ministério da Saúde para abertura do programa. Portanto, o local da prova foi onde passei os últimos 4 anos estudando, lendo, errando, aprendendo…



A segunda fase do processo seletivo é a entrevista e avaliação do currículo. É nesta etapa que percebemos quão valiosas são as atividades extracurriculares da graduação. TUDO conta ponto na avaliação de currículo, mas é imprescindível que você tenha comprovante (certificado) de tudo o que fez. Iniciação científica, monitoria, publicação de trabalho, apresentação de pôster, projetos de extensão são os que mais contam. Além de mestrado, doutorado e especializações prévias que também contam bastante.



Quais áreas de concentração tinham vagas? Qual você escolheu e por quê?



Neste processo seletivo havia 3 vagas e apenas na área de Saúde da Criança e do Adolescente, sendo minha única opção. Nunca havia pensado em trabalhar com crianças, apesar de me formar na instituição que é referência em quase todas (talvez todas, não sei ao certo) as especialidades pediátricas. Porém, tenho me surpreendido com o apreço que criei pelos pequenos desde o começo do programa. Aprendo muito todos os dias com eles!



Atualmente, sou R1 e estou no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) no Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais, mas desde o início da Residência já trabalhei com Transplante de Medula Óssea –  li muitos mielogramas neste setor; com Pesquisa Clínica e Gerenciamento de Risco. Estes 3 últimos setores foram no Hospital Pequeno Principe, em Curitiba.



No SCIH, trabalho com muitos números, tabelas e meus conhecimentos em microbiologia são constantemente exigidos em campo, pois os índices são tabulados de acordo com os resultados das culturas e antibiogramas de líquidos e secreções dos pacientes do hospital.



Como está sendo a experiência?



A fim de tentar ser mais claro, vou classificar essa resposta em alguns tópicos:

Experiência – São quase 5.800 horas de formação. Uma especialização Lato Sensu comum tem em média 360 horas. Daí o diferencial no currículo depois de formado. Fiz uma comparação bem interessante: para me formar biomédico, despendi aproximadamente 4.000 horas em quatro anos. Isso equivale a 1.000 horas de formação por ano. No entanto, para me formar especialista em saúde da criança e do adolescente, devo cumprir aproximadamente 5.800 horas em DOIS anos. Isso equivale a 2.900 horas por ano de formação. Ou seja, quase 3 vezes mais carga de conhecimento, cobrança, responsabilidade, estudo, etc.



Remuneração – Temos uma remuneração um pouco acima da média salaria, sendo R$ 2.976,00 bruto, que com os descontos de imposto de renda e previdência social cai para R$ 2.570,00. Isso, até onde tenho conhecimento, é isonômico a qualquer profissional RESIDENTE (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, enfermeiro, psicólogo, farmacêutico, veterinário, etc.).



Deve-se salientar algumas coisas, como: esse valor é para se trabalhar e estudar 60h semanais; diferentemente de uma empresa, onde se recebe hora extra, décimo terceiro salário, férias (com acréscimo de 30% no salário), vale transporte, vale alimentação, vale refeição, plano de saúde, seguro de vida, auxílio creche e demais benefícios, recebemos a bolsa do Ministério da Saúde, 30 dias de férias remuneradas por ano e só; apesar de tudo isso, acredito ser um valor justo, pela formação diferenciada que receberemos ao final do programa.



Trabalho – É bastante puxado, afinal são 60 horas de trabalho por semana. Temos parte prática e teórica e a porcentagem de cada parte pode variar de acordo com o programa. No meu caso, devo cumprir 70% da carga horária com atividades práticas e 30 % com teoria. A prática é feita de acordo com o programa e quem dita o campo que iremos atuar é o nosso tutor.


Somos supervisionados em campo por um preceptor – profissional com experiência prática na área em que faremos o estágio. A parte teórica é feita através de aulas que temos durante a semana, apresentação de trabalhos, discussão de casos clínicos e participação em eventos científicos. Outra coisa importante do programa é o trabalho de conclusão de curso (TCC). Estou iniciando o 9º mês do programa e já devo começar a escrever meu projeto de TCC. Por se tratar de uma especialização Lato Sensu, devo apresentar um TCC para me formar. Outro ponto da parte teórica são as publicações. Somos bastante orientados a escrever trabalhos, ou melhorar os que já temos para almejar publicações científicas.



Futuro: quais são suas expectativas depois que acabar a residência? Você acha que será mais fácil conseguir um emprego bom por causa dessa pós?



Acredito que depois de formado terei um enorme diferencial em meu currículo, pois possuirei uma boa experiência em algumas áreas dentro da grande área saúde da criança e do adolescente e se tudo der certo, conseguirei algumas publicações também. Isso tudo conta na hora de conseguir um emprego. Além dessas vantagens, também temos a oportunidade de sermos absorvidos pelos setores onde desenvolvemos os estágios. Caso o façamos de maneira excepcional, deixaremos nossa marca e “sentirão nossa falta profissional” quando sairmos.



Acredito que esse seja um passo importante para conseguirmos um lugar bom no mercado daqui a alguns anos, porém apenas a residência não irá trazer aquele sonho de emprego e salário logo após a formatura.



Gostaria de agradecer ao Brunno Câmara pela entrevista e desejar muito sucesso. Também gostaria de desejar força e perseverança a todos os residentes, acadêmicos, mestres e doutores, para que possam seguir cumprindo com zelo e probidade todas as atividades inerentes à profissão.



 






Abaixo, sugerimos alguns livros específicos para a aprovação de enfermeiros nas residências!


Preparatório para Residência em Enfermagem – 426 Questões Comentadas e Resumos Práticos


Coleção Manuais para Provas e Concursos em Enfermagem 

Por Sanar

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