Quem decide caminhar deve tomar alguns cuidados. Além de consultar um médico para avaliar se está tudo bem, manter-se hidratado e proteger-se do sol, é necessário alongar os músculos. “O alongamento independe do momento que a gente vai fazer”, explicou o professor assistente de ortopedia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Daniel Baumfeld.
Segundo o médico, 20% do tempo dedicado à atividade física deve ser usado com alongamentos. “Não importa se antes ou depois, à noite ou de manhã. Isso faz com que você ensine seus músculos a distribuir a energia de forma mais uniforme”, disse o ortopedista.
Neste último fim de semana do Projeto Caminhar 2016, as atividades serão Praça Tancredo Neves, no bairro Camilo Alves, em Contagem na Região Metropolitana.
O fisioterapeuta e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Sérgio Noronha explicou que os alongamentos melhoram a plasticidade do grupo muscular antes da caminhada e contribuem para a regeneração depois dela.
“Os músculos que precisam ser alongados antes não são os mesmos para qualquer pessoa. O mais comum é alongar o músculo adutor do quadril, na parte interna da coxa, e o tensor da fáscia lata, na lateral do quadril”, disse Noronha. Depois da caminhada, segundo o fisioterapeuta, todos os músculos usados no exercício podem ser alongados, como panturrilha e quadrícipes.
De acordo com o professor da PUC, dor não é sinônimo de que o músculo está sendo alongado corretamente. “A pessoa tem que colocar o músculo sob tensão e manter por 60 segundos. Ela deve sentir a tensão, mas não necessariamente sentir dor”, disse Noronha.
Baumfeld lembra ainda que a intensidade da caminhada precisa ser alterada progressivamente para não sobrecarregar o corpo. O alongamento, assim como a atividade física, deve fazer parte da rotina. “Se você alonga todo dia, diminui em quase 70% o número de lesões no pé e no tornozelo”, destacou.
Fonte: G1