Psicólogo: 5 dicas simples e poderosas para fazer palestras eficazes e conquistar mais credibilidade

Por Bruno Soalheiro

Em setembro de 2014 fui chamado para fazer uma palestra sobre o tema “Comportamento Humano no Ambiente de Projetos” voltada para profissionais de médias e grandes empresas de todo o país. A palestra foi organizada por um famoso instituto de gestão de projetos, chamado PMI, e aconteceu no hotel mais luxuoso de Belo Horizonte.

Qualquer psicólogo, seja em início de carreira ou já maduro, pode e deve usar palestras como forma de entregar valor para seu público e conquistar mais clientes, e se você colocar em prática as sugestões dadas aqui, tenho convicção de que em alguns meses seu desempenho irá deixar o público encantado e gerar a possibilidade de contratação de muitos serviços.

Então, sem mais delongas, vamos às 5 dicas simples e poderosas para fazer uma palestra eficaz:

Dica 1 – Não subestime a preparação
Para fazer uma boa palestra você precisa ter excelente domínio sobre o assunto. Não é um bom domínio, é excelente. Parece óbvio dizer isso, mas muitas pessoas subestimam esta exigência. Tem gente que estuda o assunto por duas ou três horas, treina uma vez e acredita que pode palestrar bem.

Dica 2 – Use a regra 20-60-30
Um dos sujeitos mais respeitados no mundo quando se fala em palestras e apresentações, é o tal do Guy Kawasaki. Famoso por suas apresentações enxutas e objetivas, Guy é autor de diversos livros sobre apresentações, já trabalhou como engenheiro na Apple e criou uma regra simples chamada 10-20-30.

  • 10 é o número máximo de slides que uma apresentação deve ter;
  • 20 é o tempo máximo de apresentação;
  • 30 é o tamanho mínimo da fonte.

A regra dele é legal, mas na minha opinião é mais adequada para curtas apresentações em reuniões de negócios. Então, para o caso de palestras em geral, criei a minha própria regra, chamada 20-60-30. Ela não é uma regra exata que deva ser seguida literalmente sempre, mas recomendo tê-la como referência para tornar suas apresentações melhores.

Dica 3 – Faça uma abertura de impacto
Não comece sua palestra com aquele lenga lenga batido de agradecimento ou falando sobre quem você é, seus títulos, os prêmios que te deram e etc. Acredite, as pessoas não estão interessadas em você, e sim no que você pode agregar de valor à vida DELAS. Provavelmente, quem te anunciou já fez referência a seus títulos e pompas, e mesmo se você quiser complementar algo, pode fazer isso um pouco depois. 
Agora preste muita atenção: Assim que subir no palco, comece com algo impactante. Pode ser uma estatística, um fato curioso, uma história. Algo que desperte imediatamente a atenção das pessoas ou as deixe impressionadas.

Dica 4 – Coloque-se no lugar do seu público
Este ponto é extremamente importante: Não julgue o seu público a partir da SUA capacidade de aprendizagem e do conhecimento que você tem. É o pior erro que você pode cometer.
Certa vez, eu estava em uma apresentação para 45 pessoas, em um treinamento de uma empresa na qual trabalhava, e a palestrante ia dizendo toda alegre: Então, na hora em que chegar, você vai até o GBA e aplica a competência 14, para só depois continuar a fazer o relatório e….” E ela continuou falando enquanto mais da metade das pessoas se perguntava, murmurando, o que era o tal do GBA, e que raios é a tal da competência 14. Acredite, isso acontece com frequência. E o interessante é que algumas pessoas cometem este “erro de comunicação” não somente em palestras, mas também em conversas do dia a dia.
Sabe quando uma pessoa vem te explicar algo e usa alguns termos ou expressões que são naturais para ela, mas desconhecidos para você? Aí ela vai falando, se aprofundando, e você fica cada vez mais perdido simplesmente por que não tem conhecimento algum dos conceitos chave? Pois é. Triste. Se isto já é horrível quando acontece entre duas pessoas, imagine em uma palestra, com dezenas ou centenas na plateia?

Dica 5 – Conte casos e histórias
Nenhum recurso é tão eficaz para se transmitir conceitos de forma duradoura quanto boas histórias. Histórias são a base de nossa civilização. Nós crescemos as ouvindo e aprendemos a partir delas. Até Jesus Cristo as usou, na forma das parábolas, para eternizar seus conceitos. Histórias são poderosas. 
Para cada conceito chave em sua palestra, procure contar um caso ilustrativo, uma história que mostre como aquele princípio existe na prática. Não existe nada mais chato do que uma palestra apenas conceitual ou técnica, sem que exemplos reais sejam dados. Outro benefício interessante das histórias é que elas te humanizam como palestrante. Quando expõe algumas situações pelas quais você passou, e as usa para tornar claros alguns conceitos, as pessoas se conectam mais com você.
Se quiser, tudo bem em usar histórias genéricas ou de outras pessoas, mas se for possível, tente contar suas histórias. Para isso, ao montar sua palestra, procure se recordar de passagens de sua vida, profissional ou pessoal, e tente ligá-las a alguns conceitos apresentados.

Matéria completa em: Psicólogo Empreendedor

Por Sanar

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