Um estudo internacional divulgado recentemente revelou que passar tempo demais sentado aumenta o risco de problemas num órgão do corpo humano que você provavelmente não suspeitaria. Se fosse só no trabalho já seria muito. Mas tem também as intermináveis horas no trânsito, cada vez mais caóticas. Mais um tempo sentado para comer, outros minutos sentado quando você sai para relaxar. E, em casa, ninguém dispensa o sofá ou a cadeira. Eles são confortáveis, mas estão fazendo mal para a gente.
Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Journal of Hepatology. Os pesquisadores acompanharam durante dois anos a saúde de 140 mil coreanos, e cruzaram os dados com o nível de atividade de cada um.
Quarenta mil tinham gordura no fígado, que não foi causada por bebida alcóolica. O problema estava associado a dois comportamentos: ficar muito tempo sentado e fazer pouco exercício. Uma combinação perigosa, que afeta até quem é magro. Para entender porque ficar muito tempo sentado faz mal, é só olhar para o corpo humano. Os médicos diz que ele foi desenhado para se mover. Deixar os músculos parados faz mal à saúde. Pode provocar obesidade, diabetes.
O médico Ramon Bataller diz que gordura no fígado é um indicativo de risco de problemas no coração. E como o trabalhador que usa capacete construção, é preciso considerar que ficar muito tempo sentado é um risco para a saúde. Para mudar, medidas simples: a cada hora, andar para pegar um café ou uma água no escritório ou buscar o papel da impressora, levantar para conversar pelo celular, movimentar o pé quando ficar muito tempo sentado.
Roberta recorreu à tecnologia para se mexer. O relógio que conta os passos. A cada hora, ele lembra que ela tem de se levantar. “Eu estou muito mais disposta, eu estou muitos mais ativa. Eu me sinto mais pronta para as coisas, para iniciar uma atividade”, conta a fisioterapeuta Roberta Rodrigues.
Outro exemplo vem do mundo das artes: em toda a carreira, Picasso pintou vários homens e mulheres sentados. Mas era em pé que ele criava algumas das maiores obras-primas.
Fonte: G1