Melhora na saúde pública requer crescimento econômico

Retomar o crescimento do Brasil é uma tarefa que precisa ser encarada com urgência — e não se trata apenas de aumentar as oportunidades para as empresas, reaquecer o mercado de trabalho e pôr o país de volta nos trilhos.

Alguns dos problemas que vão nos afligir nos próximos anos serão mitigados apenas com a melhora da economia. Um exemplo vem da saúde pública. De acordo com um estudo do Centro para o Desenvolvimento Global — instituição com sede nos Estados Unidos, dedicada a pesquisar os efeitos das políticas públicas nos países em desenvolvimento —, o aumento da renda média dos brasileiros ajudaria a reverter a tendência de elevação dos gastos públicos com saúde.

O trabalho mostra que, ao ritmo atual, em duas décadas as despesas nessa área passariam dos atuais 8% do PIB para perto de 14% do PIB. Um crescimento da renda per capita de 3% ao ano, porém, faria a conta diminuir para menos de 6% do PIB no mesmo período.

A explicação é que, quanto maior a renda das famílias, mais as pessoas investem recursos próprios em tratamento e prevenção de doen­ças. Isso resulta em menos pressão sobre os custos da saúde pública

Fatores que podem aumentar os custos

Uso intensivo de tecnologia — Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o tratamento de doenças são repassados aos custos da saúde. 

Envelhecimento da população — A proporção de pessoas com mais de 65 anos na população vai crescer nas próximas duas décadas, elevando os gastos com o tratamento de doenças relacionadas ao envelhecimento.

Fatores que podem baixar os custos

Participação no mercado de trabalho — Um aumento na participação da população no mercado de trabalho leva à expansão da renda, o que diminui a pressão sobre a saúde pública.

Hábitos mais saudáveis — A disseminação de hábitos mais saudáveis entre a população conteria o aumento nos custos da saúde pública.

Uma economia em bom estado serve de antídoto para combater a tendência de expansão dos gastos com saúde pública. Os dados mostram um aspecto dos obstáculos que ainda separam o Brasil da posição de um país rico. Sem uma reação na economia, será difícil superá-los.

Por Sanar

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