Em cerimônia na sede da Organização Panamericana da Saúde (OPS), em Washington, a Organização Mundial de Sáude (OMS) certificou Cuba com o estabelecimento do cumprimento do duplo desafio de eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, assim como da sífilis congênita. Canadá, Estados Unidos e Porto Rico também podem ter eliminado a transmissão.
A OMS considera que um país eliminou a transmissão materno-infantil do HIV quando menos de 2 em cada 100 bebês nascidos de mães portadoras do vírus são registrados. No caso da sífilis, em Cuba, são registrados menos de um caso para cada 2.000 nascimentos vivos.
Todo ano, cerca de 1,4 milhão de de mulheres com HIV engravidam. Se elas não recebem tratamento, as chances da transmissão do vírus para o bebê variam de 15% a 45%, os quais são números alarmantes. Se tanto a mãe quanto o bebê receberem retrovirais em todas as fases em que pode ocorrer a transmissão, a possibilidade de transmissão cai de 15% a 45% para apenas 1%.
Segundo a OMS, desde 2009, o número de crianças que nascem com HIV caiu de 400.000 para 290.000 em 2013. A meta para 2015 é diminuir essa taxa para menos de 40.000. Mas mesmo com esses avanços, quase 1 milhão de mulheres grávidas continuam sendo contagiadas com o HIV todos os anos. E este também é um número a ser combatido.
Segundo a diretora geral da OMS, Margaret Chan, “A eliminação da transmissão do vírus é uma das maiores conquistas possíveis no campo da saúde”. Para o ministro Ojeda, a conquista deve ser atribuída a uma vontade pública fundamental e à participação das comunidades nos projetos de prevenção. Segundo ele, outro fator que colaborou para o acontecimento é o Serviço Público de Saúde “gratuito, acessível, regionalizado, integral e sem discriminação, baseado nos cuidados primários de saúde” que Cuba tem.