Médicos e enfermeiros que lidam com doentes graves podem enfrentar exaustão

 

Os médicos e enfermeiros que trabalham em unidades de cuidados paliativos correm um risco muito mais baixo de desenvolver burnout (exaustão e falta de realização profissional) do que os profissionais de saúde das unidades de cuidados intensivos. Mesmo assim, somando os médicos e enfermeiros dos dois tipos de unidades, mais de um quarto (27%) encontram-se num estado de exaustão, indica o estudo Burnout em Cuidados Intensivos e Paliativos em Portugal.

O estudo, que avaliou 355 médicos e enfermeiros de 19 unidades portuguesas, permite perceber de forma clara que os níveis de burnout nos cuidados intensivos são muito superiores aos identificados nos paliativos. Do bolo dos profissionais identificados como sofrendo desta síndrome (que, além de pôr em risco a sua saúde, afeta a qualidade do serviço prestado), 86% são médicos e enfermeiros que trabalham em cuidados intensivos.

A SÍNDROME

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

RECOMENDAÇÕES
 

  • Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
     

  • Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
     

  • Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.

 

 

[FONTES]: www.publico.pt; Dr. Drauzio Varela (drauziovarella.com.br)

Por Sanar

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